quinta-feira, 3 de abril de 2014

Relógio rubro

Havia oceanos nas palavras que dizias
e histórias de poetas nos ventos de levante

dos teus olhos

(neles era sempre maré cheia)

memórias circulares entre os teus dedos
estradas de fogo a queimar a minha pele

um relógio, rubro

a lembrar a fuga em contumácia - dos segundos

a lembrar a lucidez dos pássaros
que desocupam os seus ninhos antes que os destrua a tempestade

Olívia Santos

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