quarta-feira, 7 de maio de 2014

Café


 
 
Pedes dois cafés
um, mais curto, menos doce
nunca imaginei ver poesia num café
mas a doçura da tua mão aberta
abriu-me o pensamento e a urgência
de escrever – nem que fosse só um verso:
que descrevesse a poesia
do breve movimento do teu toque ternurento sob a chávena
no exacto ponto, nesse mesmo ponto
onde os meu lábios, depois, pousaram levemente
 
Olívia Santos
 
 

4 comentários:

  1. A poesia está em todas as coisas. Este café fica muito mais saboroso, assim, cheio de ternura. Um poema de que gostei muito. Ainda bem que sentiu a "urgência de escrever".
    Um beijo, Olívia.

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  2. Muito obrigada, querida Graça, é bom sabê-la por perto; inspiração gera inspiração. :)

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  3. Um gesto, um momento, um profundo sentir...
    (Como pintar uma tela assim, a não ser com palavras?)

    Beijo :)

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  4. Um café super inspirador.

    Sentir para lá dos lábios...

    Beijinhos

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